É
grande engano ficar imune ou indiferente e acreditar que esse tipo de
posicionamento, a resignação, nos privará das influências nocivas
decorrentes do contexto social na qual estamos inseridos.
Vivemos tempos difíceis, onde o mal
ainda prevalece e o egoísmo ainda se faz presente de forma avassaladora,
promovendo a opulência para alguns e para a maioria a miséria, a fome, a
falta de emprego e saúde em clima social de completa insegurança, é
triste conviver com tantas crianças e jovens marginalizados por um
modelo social cruel, que não dispõe de mecanismos permanentes que possam
estruturar as famílias com moradias decentes, trabalho digno e escolas
eficientes em tempo integral. Associado a esse desequilíbrio, convivemos
com enfermidades graves de ordem hereditária ou adquirida, problemas
emocionais e psicológicos que atormentam a vida, promovendo conflitos
relacionais, criando barreiras geradoras de dor e sofrimento.
Ante o exposto, como ser resignado, aceitar tudo isso, diremos que é difícil, mas não impossível.
Passemos a considerar a função
primordial das religiões, especialmente as cristãs, que nos indica um
comportamento resignado, de aceitação da vontade de Deus, dando-nos a
entender que no “futuro” seremos bem-aventurados (felizes), é claro que
para nós Espíritas a vontade de Deus sempre prevalece, o Espiritismo,
alinhado ao pensamento de Jesus, nos propõe o conhecimento que liberta,
no Capítulo V do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Allan
Kardec – “Bem-aventurados os aflitos”, encontraremos todas as
informações que a Espiritualidade trouxe sobre esse tema, mostrando-nos
as causas atuais e anteriores das nossas aflições, decorrentes das
escolhas e ações que realizamos diariamente; o planejamento
reencarnatório na qual estamos submetidos nos permitirá a reabilitação
às normas estabelecidas pelas Leis Divinas, que nos dá oportunidades de
expiar e reparar os efeitos danosos de nossas ações passadas e atuais.
Logo, os sofrimentos que passamos são de
nossa responsabilidade, que teremos que reedificar o que destruímos,
que toda natureza viciosa trará de retorno seus malefícios, é preciso fé
e esperança que dias melhores estão por vir, a depender do que estamos
fazendo hoje, por isso é preciso trabalhar, nos esforçarmos por
modificar a nós mesmos, conscientizando em vencer nossos vícios,
especialmente os morais, praticando as orientações deixadas por Jesus,
amando-nos uns aos outros, praticando o bem, certamente estaremos
habilitados a vivermos felizes definitivamente.
Autor: Walter Silva – Grupo Espírita Maria de Nazaré
Publicado no dia: 23/02/2016
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