Para melhor compreensão, é importante conhecer a origem etimológica das palavras liberdade e responsabilidade, derivadas do latim, libertas e respondere,
que significam respectivamente, “independência” e “responder, prometer
em troca”. A partir dessa definição, podemos deduzir que as duas
situações devem estar sempre juntas, somente assim o homem será capaz do
grande salto rumo ao progresso espiritual.
Filosoficamente a liberdade moral diz
respeito à capacidade de escolher e decidir sobre os próprios atos,
avaliando sempre as consequências.
O Espiritismo nos convida a pensar como
estamos utilizando nosso livre arbítrio, tão decantado em nosso
Movimento e tão mal entendido por alguns, vale lembrar que nas relações
sociais nossa liberdade está diretamente ligada a direitos e deveres aos
quais devemos sempre agir com responsabilidade, bem como as
interpretações errôneas achando que podemos tudo, o Apóstolo Paulo
afirmou que “tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém”, o Espiritismo
apregoa a liberdade não impondo e sim expondo as ideias, levando o
conhecimento que liberta, para que possamos agir em concordância com o
aprendizado conquistado, essas considerações devem orientar nossa vida,
refletindo diretamente em nosso comportamento nas diversas situações que
ela se apresente.
Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”,
no capítulo VII “Da Lei de Sociedade”, na qual os benfeitores
espirituais informam que a vida em sociedade é uma necessidade, pois em
contato uns com os outros é que vamos desenvolvendo nossas aptidões e
adquirindo virtudes.
A macro sociedade é o somatório das
diversas sociedades menores, assim, podemos considerar que o Centro
Espírita é um desses núcleos, onde refletirá no todo social, por isso é
importante que guardemos em nós a responsabilidade da posição que nos
encontramos.
A sociedade espírita, formada pelos
espíritas dos diversos Centros, deve contribuir com a melhora da vida em
sociedade, mas esta contribuição começa exatamente na convivência mais
estreita na Casa Espírita, onde estando em contato com os irmãos de
ideal, realizando esforços para vencer as dificuldades, exercitando a
tolerância, sempre dispostos a servir, colaborando na ordem geral, com a
intenção de tornar nossa Casa um núcleo de paz e alegria.
Portanto, a Casa Espírita é uma
oportunidade para exercitar a liberdade, usufruindo dos direitos, da
mesma forma sendo responsável quanto aos deveres, ajustando-se sem
esquecer o maior dever, a fraternidade.
Autor: Walter Silva – Grupo Espírita Maria de Nazaré
Publicado no dia: 01/10/2016
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