sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Brilhe a vossa Luz!



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Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte… Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus. – Mateus, cap. 5, vv. 14 e16.
A luz simboliza o conhecimento, a revelação, as descobertas, em oposição às trevas, que representam a ignorância, a inferioridade e o atraso. Onde haja luz, as trevas não ocupam lugar. Jesus reforça esta tese, ao nos dizer: “A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai”. – Lucas, cap. 12, v.35.
O  Mestre  se  declara  como  sendo  a própria luz, o modelo de homem de bem (“O Livro dos Espíritos”, q. 625), a que todos nós devemos imitar e seguir. Suas lições, contidas no Evangelho, são gotas de luz que enobrecem e elevam a alma para Deus.

Ao   recomendar   a   seus   discípulos:  “Brilhe a vossa luz”, o Divino Amigo estava encorajando-os a ir a campo e anunciar ao povo a Boa Nova. Era um trabalho árduo, que exigia de cada enviado do Mestre muita coragem, determinação e capacidade de persuasão.
Ensinando-nos que seu Reino não é deste mundo, Jesus nos esclarece que a vida na Terra é transitória. É um curto período de aprendizado para o espírito, na sua longa ascensão a Deus. Embora o Mestre tenha sido enfático em afirmar que seu reino não é aqui, o homem, em geral, permanece alheio a toda sugestão de natureza espiritual.
Os espíritos conscientes da vida, em suas múltiplas dimensões, preocupam-se com seu retorno a este mundo; sabem a responsabilidade que envolve uma encarnação; compreendem que todos nós invariavelmente retornamos a este planeta com uma missão, ainda que pequenina.  Muitas delas são missões comuns, do tipo ser pai, mãe, cientista, pesquisador, professor, médico, sacerdote, etc. Entretanto todas elas têm seu valor na soma do progresso que nos cabe realizar.
Há muitos representantes de religiões que sabem o que é a reencarnação, mas, por orgulho, a repudiam; sabem que os espíritos se comunicam com os homens, mas preferem negar o fenômeno. Por que esse comportamento? Porque a reencarnação é uma lei que nos iguala a todos, o que para muitos não é uma condição que agrade.
Por isso, temos que nos empenhar na divulgação da mensagem espírita, que não é outra senão a do Cristianismo Redivivo. Em outros termos, isto significa agir com desprendimento e dedicação ao trabalho de ajuda ao próximo; atuar com menos críticas pessoais e mais realizações no campo do Bem.
O médium não deve se recolher, porque um dia falhou, ao filtrar o pensamento do espírito comunicante. Não! Tais ocorrências são escolhos da prática mediúnica, a que todos nós estamos sujeitos. “Em matéria de mediunidade, diz-nos Emmanuel, importa o serviço. Em qualquer tarefa das boas obras, deixa, pois, que a mediunidade te brilhe nas mãos. Entre a lâmpada apagada e a força das trevas não há diferença.”
O orador também não deve se calar, porque um dia não esteve inspirado, ao expor o tema que preparara com tanto esmero. Não! A todo instante somos testados na nossa humildade e no dom de servir. Divulgar a Doutrina Espírita, seja através da palavra ou da escrita, é caridade sob a forma de mais luz no coração das pessoas.
O dirigente da casa espírita não pode reclamar do cargo, simplesmente porque o trabalho é exaustivo, exigindo dele mais abnegação. Compreender que a casa espírita é um farol que ilumina e consola muitas almas em aflição, restaurando-lhes a fé e a alegria de viver. Só este motivo é suficiente para que trabalhemos mais.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20, item 5, o Espírito da Verdade ressalta: “Ditosos serão os homens que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro motivo, senão a caridade”. Trabalhar em favor dos necessitados, sem a preocupação de receber qualquer recompensa, é um ato de grandeza e desprendimento espiritual.  Poucos são os que trabalham somente pelo prazer de servir.
O que será da Doutrina Espírita, se os espíritas não a divulgarem? O que será da mediunidade, se os médiuns não permitirem que os espíritos se comuniquem por seu intermédio?
O verdadeiro espírita tem Jesus como modelo e inspiração; para ele, a evolução é um processo contínuo; diante das pessoas difíceis, é paciente; ao ser caluniado, trabalha mais; diante das ofensas, perdoa setenta vezes sete vezes; e quando chamado a dar testemunho de sua fé, exemplifica.
Em qualquer situação em que nos encontremos, devemos nos lembrar do ensino do Mestre: “Brilhe a vossa luz!”.
Autor:  Geraldo Ribeiro da Silva
(Grupo Espírita “Batuíra” – SP)
Jornal da Mediunidade – Informativo (meses de Setembro e Outubro), nº 19 – Uberaba – Minas Gerais / 2009.

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