
Os olhos abraçam a beleza do mundo…
São janelas do corpo humano por onde fruem as belezas do existir.
O espírito deve fazer-se semelhante a um
espelho, que adota a cor do que olha e se enche de tantas imagens
quantas coisas tiver diante de si.
Cansado homem, desnudado, ao ar livre, quis ver a Criação, olhar o mundo.
Bom companheiro, que vê desabrochar as flores da esperança.
Com doçura e compaixão, prossegue, determinado, perscrutando a beleza da Vida.
Vê um rio que corre mansamente, fazendo um burburinho de águas tranquilas.
À tênue primeira claridade do dia, o viajor boceja, mirando o céu estrelado, até que a alvorada, por fim, desponta
Bom caminheiro e servo dedicado, planta em si o frescor da madrugada.
Oferta a esperança nos corações empedernidos para a bonança e ausculta a dor dos que amam e que sussurram infinitos ais…
Companheiro, sentir-se-á animado com o murmúrio das cascatas, bocejando o alvorecer…
Quem acreditaria que um espaço tão reduzido fosse capaz de absorver as imagens do Universo?
Silêncio!… Há na alma dúbia claridade deste dia.
Olhando cair a chuva, como o pranto que os olhos inunda…
Tudo na Vida brilha e passa, dando a impressão das asas do vento!
Autora: Márcia Queiroz Silva Baccelli
Jornal da Mediunidade – Informativo (meses de Julho, Agosto e Setembro), nº 28 – Uberaba – Minas Gerais / 2011.
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