
Debalde respeite todas as crenças, não
posso deixar de expressar a certeza que guardo acerca da continuidade da
vida, nas múltiplas esferas e dimensões do Universo.
Às vezes, fico a imaginar quantas
pessoas já deverão ter passado, continuam passando ou ainda irão passar
por experiências pessoais que transcendem a matéria em nosso meio,
obtendo a bênção da possibilidade de despertar para a realidade
espiritual que nos circunda a existência…
Possibilidade, pois, muitos, mesmo com
provas incontestes presentes, costumam inventar as mais banais desculpas
para refutarem a análise do raciocínio lógico.
Aqui, faço alusão a uma plêiade de dotes
mediúnicos que todos nós temos (variando de grau e intensidade de
acordo com a sensibilidade de cada indivíduo).
Por outro lado, de fato, estamos há
milênios acostumados a vivenciar uma fé cega e sectária, e as mudanças
que acontecem neste ínterim não são bruscas, como observamos na
História.
Paulatinamente, os povos seguem
adequando as concepções filosóficas e religiosas para poderem encontrar
um equilíbrio e um consenso em suas fileiras.
O compositor e cantor Renato Russo desenvolveu interessante melodia, intitulada “Tempo Perdido”: “Todos os dias, / quando acordo, / não tenho mais o tempo que passou, / mas temos muito tempo: / temos todo o tempo do mundo…”.
Particularmente, considero esta canção
como uma esplêndida inspiração a respeito da relatividade do nosso tempo
na Terra. Afinal, como o poeta diz: “Somos tão jovens”!
E, como crianças espirituais, nós ainda
não aprendemos a aproveitar bem o tempo, dando uma utilidade prática aos
minutos, na arte de sermos mais fraternos, amigos e companheiros!
Nada nos acontece ao acaso, todavia há
uma série de coisas que escapa a nossa atenção por simples descuido ou
falta de interesse.
Tudo tem o seu tempo certo para
acontecer, entretanto não podemos ir avaliando todo o contexto, sem
pensarmos na questão do merecimento coletivo e pessoal, pois,
evidentemente, somos responsáveis pelo que fazemos nos dias que se
seguem.
O assunto sobre a espiritualidade é
sério. Entendo que, para muitos irmãos, deva ser cômodo não efetuar
nenhuma reflexão a respeito e, simplesmente, levarem as notícias de
além-túmulo, que nos chegam à mancheia, a título de deboche, ironia ou
desdém.
Creio que os cientistas, de modo geral,
seguem virando as costas a uma realidade com consequências tão profundas
e importantes para o ser humano… Uma realidade capaz de modificar o
nosso modo de compreender e viver a vida!
E, por mais que as nossas lides
cotidianas sejam compostas de variados obstáculos, é necessário que
encaremos com coragem e determinação as dificuldades em torno de nossas
limitações pessoais, em termos de raciocínio e sentimento.
A grande mentira mantida no senso comum de considerável porcentagem da Humanidade é seguir acreditando na morte como o ponto final… Viver
é para a eternidade! Seguindo em frente, cada qual com as condições que
lhe são próprias, caminhando para uma finalidade grandiosa em termos
evolutivos.
O Nazareno deixou explícitos, em vários
momentos de Seu Apostolado, transcritos em Seu Evangelho de paz e de
amor, instantes de mediunidade sublime, trazendo com a Boa Nova à Luz ao
mundo!
Autor: Thiago Silva Baccelli
Jornal da Mediunidade – Informativo (meses de Setembro e Outubro), nº 19 – Uberaba – Minas Gerais / 2009.
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