Dizem que os Espíritas conversam com os Mortos. Isso é possível?
Sim, mas não só os espíritas. Conversar
com as criaturas que retornaram à espiritualidade não é “fértil
imaginação” do Espiritismo, mas realidade possível a qualquer pessoa e
que existe desde a antiguidade, tanto que já na Bíblia encontramos a
determinação de Moisés para que seu povo não evocasse os mortos, o que
evidencia que isso era uma prática naquela época. E, conforme narra o
Evangelho, no episódio da transfiguração, Jesus conversou no alto do
monte com Elias e com o próprio Moisés.
Se os mortos continuam vivos, apenas
transferidos para outro lugar, não existe teoricamente nenhum
impedimento para que eles se comuniquem com os que aqui ficaram.
Contudo, a análise dos fatos, com
racionalidade e bom senso, sem as amarras do orgulho e do preconceito,
não deixam qualquer dúvida de que a comunicação entre vivos e mortos tem
ocorrido costumeiramente, nas mais variadas partes do planeta. A
repetição dos fenômenos, aqui e acolá, no decurso dos tempos e nas
diversas civilizações, aponta para a veracidade.
É comum sonharmos com parentes
falecidos, e na maioria das vezes esse sonho é a lembrança dos contatos
que com eles mantivemos durante o repouso. Alguns são tão reais e ficam
gravados em nossa mente com tanta profundidade que chegam mesmo a mudar
a nossa vida.
A mediunidade é um meio mais do que
comprovado do contato com os que estão no além. Por Chico Xavier e uma
infinidade de outros médiuns, desencarnados têm consolado seus parentes e
amigos que aqui ficaram, sendo suas mensagens submetidas ao confronto
da realidade, com seus conteúdos confirmados, inclusive por exames
grafotécnicos.
De outro lado, médiuns psicofônicos (ou
de incorporação), respeitados pela honradez, são instrumentos que
possibilitam a conversa dos chamados vivos com os espíritos,
orientando-os ou sendo por eles orientados, conforme a condição
evolutiva de cada um.
Nas reuniões mediúnicas, organizadas nas
bases propostas por Allan Kardec, dialogamos com os espíritos como se o
fizéssemos com qualquer outra pessoa normal, sem a utilização de ritos
ou palavras cabalísticas, porquanto, embora invisíveis aos olhos
materiais e vivendo em outra dimensão, os espíritos continuam sendo as
mesmas pessoas de antes.
Graças a Deus que é assim, porque a
comunicação com os mortos é benção que renova as nossas esperanças,
demonstrando que não estaremos para sempre longe daqueles que amamos.
Autor: Donizete Pinheiro
Livro: Respostas Espíritas – Edições Sonia Maria – 1ª Edição – Capítulo: 04 – São Paulo – 1997
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