
Quando questionamos a possibilidade de vida em outros planetas, somos obrigados a raciocinar com a lógica e o bom senso.
Analisando os atos de um homem de bem, vemos que ele não toma nenhuma
atitude ao acaso, mas tudo o que faz é elaborado de acordo com os seus
princípios. Se assim age um simples homem de bem, como então agiria o
Criador em relação à sua própria obra? Seria fruto do acaso, ou haveria
em tudo, planejamento?
O bom senso nos mostra que o acaso não existe, e que a criação foi e é obra de um rigoroso planejamento.
Se analisarmos o Universo só sob o ponto de vista de existência da
nossa galáxia, a Via Láctea, chegaremos à conclusão que só em números de
Sóis podemos contar aproximadamente 40 bilhões. E os planetas relativos
a esses sóis, quantos serão ao todo? E isto estamos falando só da nossa
galáxia, e se aventarmos às “bilhões” de galáxias? Por que então, o
Criador que nada fez ou faz ao acaso, iria Criar tantos ambientes
planetários?
Desta forma, chegamos à conclusão que seria menosprezar demais a
capacidade de Deus, se supuséssemos somente a nossa minúscula Terra
habitada.
É raciocinando desta maneira, que a Doutrina Espírita pode afirmar serem todos os globos que se movem no espaço, habitados.
É a mesma a constituição física dos diferentes globos? – perguntou Kardec, ao que nos responderam os Espíritos:
Não; de modo algum se assemelham.
E, é fácil de entender o porquê. Se somos Espíritos, cada qual no seu
estágio evolutivo, não temos todos as mesmas necessidades. Se não as
temos iguais, logicamente vivemos em ambientes diferentes. Assim sendo,
os mundos são diferentes, porque diferentes são os que os habitam.
Devido à infinidade de mundos, não podemos classificá-los quanto à
sua evolução de uma maneira absoluta, mas Kardec oferece uma divisão,
que nos permite entender melhor o assunto:
Mundos Primitivos:
São os mundos destinados aos Espíritos em sua infância, ou seja, no início de sua evolução.
Os seres que os habitam são, de alguma sorte, rudimentares: eles têm a
forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos não são temperados
por nenhum sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem pelas
noções do justo e do injusto (…).
A justiça, conforme a conhecemos hoje, não faz parte do entendimento deles, o que impera é a lei do mais forte.
Além da falta de desenvolvimento moral, temos como nenhum o desenvolvimento científico e intelectual.
Mundos de Expiações e Provas:
Nestes mundos a característica básica é ainda o predomínio do mal
sobre o bem. A superioridade da inteligência de alguns homens mostra que
este não é um mundo primitivo. Mas essa inteligência é muitas vezes
usada como forma de dominação e de desvirtuamento.
As qualidades inatas são provas que estes Espíritos já viveram antes,
realizando muitas vezes em outros mundos, seu progresso. Mas são ainda
bastante imperfeitos, e por isso estão sujeitos a provas e expiações,
como forma de atingir a meta desejada: a perfeição.
A Terra, como sabemos, é um destes planetas de provas e expiações. É
conforme o dizer de Emmanuel, uma abençoada escola, onde se regenera o
Espírito culpado e onde ele se prepara, demandando glorioso porvir.
Mas a Misericórdia Divina não desampara seus filhos. Periodicamente
reencarnam nesses mundos, missionários do bem, Espíritos encarregados de
vivenciar a moral em toda sua plenitude como forma de fixação na
intimidade das criaturas.
Mundos Regeneradores:
Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos
superiores. Nesses mundos os Espíritos reencarnantes, apesar de
acentuados progressos, ainda acham-se sujeitos a provas, mas sem as
angústias das expiações. Sendo o homem ainda materializado, essas provas
vão trabalhando nele a desmaterialização que se faz necessária para
entrada em mundos mais evoluídos.
Há nestes mundos, por parte de sua Humanidade, o desejo da prática do
bem. Livre que está dos Espíritos ligados ao mal, o homem acha-se
desanuviado, e o clima psíquico é bem tranqüilo.
Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada
azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças,
indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que um
mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra. (Santo
Agostinho)
Mundos Superiores:
Nesses mundos, as condições de vida moral e material são bens
diversas às da Terra. O corpo não é material como o nosso. O “Modus
Vivendi” dos Espíritos ali vinculados faz com que eles não estejam
sujeitos nem às doenças, nem às deteriorações da matéria.
A infância nestes mundos é menor ou quase nula; a vida é
proporcionalmente mais longa, a morte já não causa medo, e a linguagem é
feita pela transmissão do pensamento. O homem não procura elevar-se
acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se.
O melhor é saber que viver num destes mundos não é privilégio dos
eleitos, mas destino de todos nós, assim que nos purificarmos, pelo
trabalho e serviço ao próximo. Vivenciando, deste modo, aquele
mandamento de Jesus, quando disse:
Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós. (João, 13: 34)
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade – Goiânia – GO – 1997
Site: www.autoresespiritasclassicos.com
Centro Espírita Amor e Caridade – Goiânia – GO – 1997
Site: www.autoresespiritasclassicos.com
Livros Pesquisados:
“O Livro dos Espíritos”, questões: 55 e 56
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. 3.
“Emmanuel”, cap. XVI.
“O Livro dos Espíritos”, questões: 55 e 56
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. 3.
“Emmanuel”, cap. XVI.
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