
Você se pergunta o porque das dificuldades da vida.
Por que lutar?
Porque sacrificar-se?
Você diz que não entende...
Sinceramente, não sei se valeria a pena uma vida sem lutas e sem sacrifícios, completamente cor de rosa, maré mansa, acomodada, sem esforço.
A luta faz parte da vida. Parte integrante e indispensável. Para que ela possa ser realmente vivida, na realização plena de um ideal.
Por isso, questione-se.
Você tem ideal?
Qual é o seu ideal?
Reflita.
É o ideal que motiva a vida.
E para consegui-lo é necessário, esforço, luta, perseverança, obstinação.
Uma vida sem ideal seria um fracasso.
Não seria nem vida.
No máximo poderia ser água morna que provoca enjôo.
Ou água parada que cria micróbios.
Convença-se disto.
Para viver é preciso lutar.
É preciso não desanimar.
É preciso ficar firme, resoluto, intrépido, decidido, mesmo nos obstáculos que parecem os mais intransponíveis.
Fincar o pé, teimoso, mas não deixar de conseguir o ideal.
Você sabe: há ideal e ideais.
Há o ideal primeiro e os ideais secundários.
Estes, os ideais menores, são muitos e os mais variados.
São ideais que todos tem.
Muitos até os confundem com o ideal. E agarram-se a eles, sofregamente, como náufragos em tábuas ou escolhos salvadores.
Ou gastam a vida toda só em consegui-los, mas que correspondem plenamente aos anseios do coração humano.
São eles: um bem material, uma posição social, um crescimento cultural, uma profissão e tantos outros.
Nós os vamos conseguindo paulatinamente, um puxando o outro, em uma interminável corrente. Ou melhor, na corrente que só termina ou deveria terminar no ideal primeiro, absoluto, máximo. Para a consecução do qual todos os ideais concorrem, se canalizam e se unem.
Esse grande ideal é um só. E não pode ser diferente para ninguém. Pois é uma aspiração universal, que se aninha em todos os corações dos homens. Sem exceção de nenhum.
Esse ideal se chama felicidade.
Um comentário:
Um terço de versos e rimas...
Pincéis de cetim
Livros de sebo
Sorriso nos olhos
Ilusões de placebo!
***
Acordes em si
Rimas e sonhos
Sabor de alecrim
Emoções de jasmim
Um céu azulzim!
***
Da cor da laranja
Um sol diamantim!
***
Uma prece em latim
Numa canção de Esperanto
Um pranto evapora
Na egrégora do canto!
***
Um ponto infinito
Como o silêncio de um grito
Ecoa no firmamento tal uma saudade
A liberdade é a musa que seduz indecisões
A imortalidade em seus mantos
Desenhando Nações
Berços e masmorras de libertações
E a simplicidade indumenta o ideal da luz!
***
Do primata ao anjo
Um banjo, melodias fomenta...
Inteligência e beleza de braços dados nos passos
Humildade é um sonho que desperta em condutas!
***
E o amor é o verso, a rima e a imagem...
De quem faz por que sabe
E de quem sabe o que faz
E não se prende ao incerto
Por que o certo é de Deus!
***
E entre versos e rimas
Acordes e compassos
Suores e prantos
Alegrias e ganhos
Toda criatura
Acende um dia e sai de dentro do próprio sonho!
*** = 17/02/12
Ademário da Silva
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