O amor é um poliedro de mil faces e mil ângulos e sua grandeza é infinitamente desconhecida pelos homens que vivem das paixões da carne.
Pois o amor é paciente e a paixão, precipitada. O amor é bondoso e altruísta, a paixão é interesseira e egoísta.
O amor não é ciumento nem orgulhoso, não se irrita nem fica magoado; o amor não se alegra com o mal dos outros, mas se rejubila com a verdade; o amor é sábio porque provém de Deus, age com prudência e temperança, não dá razões a pensamentos libidinosos nem concupiscentes, busca somente o bem comum; o amor vive na verdade e não teme os sofrimentos que ele pode acarretar. O amor é exemplar sem exigir que os outros sejam.
O amor se alegra em repartir, mesmo quando aparentemente lhe falta o necessário; ele não se apavora, mas confia e espera e não tarda a receber ajuda, quase sempre mais do que esperava.
O amor é um dom, todos podem alcança-lo é só abrir o coração.
A paixão provém do próprio homem, de suas buscas e inseguranças, de suas raízes e de seus " quereres ".
A paixão é cega e possessiva, é insegura e não age com sabedoria; não gosta de ser interrogada pois vive de fantasias do seu próprio mundo e, por isso, foge das verdades que possam comprometê-la.
A paixão tem medo de perder e por isso não cede, se orgulha facilmente se estiver por cima, mas se irrita logo na primeira derrota.
A paixão é carente mas não é má, é apenas primária e quer se encontrar, quer se preencher, e quer principalmente, ser amada.
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