quinta-feira, 26 de março de 2020

Fé e Conduta

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“Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, porque está na
Terra, porque sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus.” A
GÊNESE – Capítulo 1º – Item 30.
Vive o cristão moderno na catedral forense da Fé à semelhança de nobres
expositores em inoperância, discursando para ouvintes impassíveis.
Apontam deficiências, apresentam sugestões, impõem diretrizes, sem
resolverem o problema da multidão que os contempla em modorra silenciosa.
Não ajudam positivamente. Não se melhoram, embora as respeitáveis
afirmações da referência pessoal.
Quando silenciam e demandam a via pública conduzem valiosos conceitos de
bolso e alma vazia.
Alguns, ligados às diretrizes de Rosa, procuram apenas observar fórmulas
exteriores, complicando a Promessa Divina em liturgias aparatosas que
imprimem respeito às aparências desvaliosas.Outros, comprometidos com as igrejas nascidas na Reforma, expõem a letra
morta da Lei, transformando-se em juízes severos, contando consciências
salvas, dividindo as criaturas e organizando estatutos de conduta para o
próximo em expressivos discursos teológicos, dominados, muitas vezes, por
ódios de grupos que se digladiam.
E outros mais, irmanam-se aos compromissos espiritistas, experimentando a
mensagem da Lei infatigável, no corpo da existência física. Mesmo assim,
repetem os equívocos dos aparatosos irmãos romanos e apresentam verbetes
onde fulguram luminosos conceitos de fé.
Quando, porém, todos despirem a túnica da carne e demandarem o Supremo
Tribunal, o Grande Juiz os fitará com a decepção estampada na face, e,
precípites, os desconcertados crentes passarão às justificativas a que se
habituaram enquanto no caminho.
O filho de Roma dir-se-á ludibriado pela tradição religiosa, transferindo a
responsabilidade dos seus insucessos espirituais aos mentores que o
norteavam.
O discípulo da Reforma fará citações oportunas recordando que a fé salva mas
sem justificação para a ausência de anotações de trabalho na ficha de serviço
fraterno.
Mais lamentável deverá ser a situação do discípulo de Allan Kardec, que
conheceu por experiência pessoal a expressão nobre da fé que descortinou.
Não terá justificativa porque sabe que fé é norma de conduta.
Fé é enflorescimento – conduta é fruto.
De mãos vazias, todos estarão aguardando a resposta no Grande Tribunal.
Aos primeiros, o Grande Magistrado concederá o ensejo de reaprender,
retornando à escola da carne pelo caminho do sofrimento…
Aos segundos, o Chefe Supremo oferecerá a oportunidade nova de serviço na
gleba feliz do mundo, tendo a mente tarda e ágeis as mãos.
Mas aos servidores negligentes, conhecedores da sabedoria da Lei divina, o
Patriarca Celeste sentenciará:
“Tenho piedade de vós! Retornareis ao ilhéu da matéria no oceano da dor…
Não somente para servir mas também para meditar e aprender. Ali o tempo
caminhará convosco trabalhando, em vosso coração a mensagem viva do
dever”.
Tal será o resultado do julgamento quando os pregoeiros da palavra e da
crença, na grande catedral forense da fé, retornarem à ribalta do mundo para a
sublimação dos ideais, no carreiro da Caridade.
Mergulha, desse modo, o pensamento no estudo e na prática do Espiritismo,
assenhoreando-te do conhecimento para identificares os móveis dos
sofrimentos atuais, corrigindo arestas morais e construindo em volta dos
próprios passos uma senda de luz, por onde possam avançar outros pés, no
rumo da libertação plena.

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 49.
Publicado no dia: 04/03/2015
Site: https://www.verdadeluz.com.br/paz-e-fruto-que-surge-em-momentoproprio-
joanna-de-angelis/

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