
Minha amiga:
Deus é o grande companheiro do coração
que se distancia das atrações terrestres, magnetizado pela fé que nos
arroja o espírito à contemplação do Alto.
Nas horas mais cruciantes da caminhada, Ele segue, mais intimamente associado conosco, exortando-nos a fortaleza e a resignação.
Reconheço a extensão de tuas chagas de saudade, de aflição, de dor…
Aqui, alguém já me afirmou que mães
cristãs são almas crucificadas no madeiro da renúncia perfeita; mas
essas heroínas anônimas simbolizam estrelas que resplandecem no mundo,
indicando o trilho estreito da ressurreição.
Apesar dos espinhos que nos dilaceram
por dentro, rejubilemo-nos! Mais tarde, reconheceremos a superioridade
de nossas vantagens no reino do espírito.
Não esperemos da carne a felicidade que ela não pode dar a ninguém.
Recebemos um tesouro de bênçãos com a oportunidade de auxiliar; porque sofrer pelo bem é um privilégio sublime.
Há momentos em que me pergunto a mim
mesma sobre o mistério do amor em nossos corações. Somos nós, as mães,
muitas vezes, como essas plantas rebeldes que se agarram às ruínas,
escondendo-as sob as suas próprias folhas.
Não nos perturbemos!
Acolhamos com serenidade os golpes que nos fazem sangrar o coração.
Um dia Abençoa-los-emos, assim, como
louvamos, depois das lições, os obstáculos que no-las revelaram. E
guardemos a convicção de que na vida espiritual a visão é muito diversa.
Há filhos vivos na carne que são, para
nós, motivo de maiores preocupações e de mais extensas angústias que
aqueles cuja transitória separação lamentamos.
Padeçamos, redimindo.
Um coração materno não conhece o descanso.
Saibamos, desse modo, perseverar com Jesus até o fim.
Pelo Espírito Zizinha – Do livro: Relicário de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil
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