
Quando a criatura se resolve por diluir o
véu da ignorância, que encobre a realidade da vida espiritual, começa a
libertar-se da mais grave cegueira, que é a propiciada pela vontade.
Cegos não são apenas aqueles que
deixaram de enxergar; senão todos quantos se recusam a ver, sendo piores
os que fogem das evidências a fim de permanecerem na escuridão.
A vida, por sua própria gênese, é de
origem metafísica, possuindo as raízes poderosamente fincadas no mundo
transcendental, que é o causal. Expressando-se na condensação da
energia, que se apresenta em forma objetiva, não perde o seu caráter
espiritual; elo contrário, vitaliza-se por seu intermédio.
Quando a consciência acorda e as
interrogações surgem, aguardando respostas, as contingências do prazer
fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as
responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.
Simultaneamente, os valores éticos se
alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor dos bens
duradouros, que sao indestrutíveis, e passíveis de incessantes
transformações para melhor, na criatura.
Desperta-se-lhe então a
responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua
mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe
aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de
sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores,
tais o azedume, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação…
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Porque
suas metas são mediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as
realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que
se exorna a fim de sentir-se feliz.
*
Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.
Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.
Tranqüiliza-se ante quaisquer
acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades
que elucidam todos os efeitos.
Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.
Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.
Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.
Descobre no século os motivos próprios
para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no
mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e
acontecimento do cotidiano.
Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.
Acalma as ansiedades do sentimento, por
compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente
sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.
Aprende a silenciar, eliminando palavras
excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o
silêncio mais importante.
Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.
Conquista a paz e torna-se irmão de todos.
*
Quando a criatura compreende que se
encontra na Terra em trânsito, realizando um programa que se estenderá
além do corpo, na vida espiritual, realiza o auto-encontro, e, mesmo
quando experimenta o fenômeno da morte, defronta a vida sem sofrer
qualquer perturbação ou surpresa, mergulhando na Amorosa Consciência
Cósmica.
*
Certamente, pensando em tal realidade,
propôs Jesus. – Busca primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e tudo
mais te será acrescentado.
Despertar para a vida é imperativo de urgência, que não podes desconsiderar.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
Data da Publicação: 19 de abril de 2019
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