
A vaga
tristeza que se apodera do coração, quase que de maneira imperceptível,
levando a pessoa a considerar amarga a existência, chama-se melancolia.
Se não combatida no íntimo pode desencadear estados de angústia profunda
e depressão.
Este
abatimento se revela, muitas vezes, através de pequenos contratempos do
cotidiano, coisas simples e corriqueiras que assumem cores mais escuras
que a realidade. Ouvir uma reprimenda, tirar notas baixas na escola,
desentender-se com um familiar…
Qualquer
motivo acaba desencadeando esse estado de melancolia, que, diga-se
passagem, precisamos combater. Uma das maneiras de enfrentar a
melancolia é identificar o agente causador e, o mais rápido possível,
atacar a raiz do problema, solucionando-o.
Isso nos faz
lembrar a história de “…um professor muito estimado pela espontaneidade
e alegria que dele emanava. Todos o procuravam quando passavam por
dificuldade.
Quando ele
via alguém com um semblante tristonho a caminho de sua sala, ele pegava
um papel e uma caneta e pergunta: “Qual é o problema?” A medida que a
pessoa ia falando ele ia anotando todas as queixas: notas baixas, briga
com o melhor amigo, derrota no esporte, um resfriado…
Em grande
parte, as situações eram coisas simples e de fácil solução, se buscada
com seriedade. Normalmente, as pessoas que iam conversar com ele, ao
olhar as muletas que ficavam escoradas na sua escrivaninha e que
denunciavam a paralisia do jovem mestre, sentiam-se envergonhadas por
entristecer-se por tão pouco.”
A melancolia
pode ser estimulada por uma mágoa, um pneu furado, uma dificuldade
amorosa, um dia vazio, um bolso vazio, um estômago vazio, um coração
vazio…
Mentalmente,
pode-se puxar um papel e escrever exatamente o que provoca esse estado
de infelicidade e trabalhar por eliminá-lo. Algumas coisas são
imodificáveis, outras não, identificá-las é que diferencia o homem
sereno do homem melancólico.
Aos
primeiros sinais de melancolia pode-se utilizar antídotos: sair da
rotina e fazer algo diferente, que desejava há muito tempo, mas nunca
tiver oportunidade de fazer; dedicar-se a dar alegria a alguém, sem
exigir absolutamente nada em troca; adquirir novos conhecimentos,
leituras, amizades; buscar na memória momentos da vida em que sentiu
extrema felicidade…
A melancolia
está diretamente ligada ao estado de espírito da solidão e do ócio.
Então, a solução é não ser solitário, nem ser ocioso. Se formos ociosos,
não sejamos solitários. Se formos solitários, que não sejamos ociosos.
Todos temos
algo a desempenhar, seja junto à família ou a coletividade. A
felicidade, presente e futura, depende do cumprimento dessa tarefa, com
alegria, sempre.
Nota do autor: adaptação de texto original de Luís Roberto Scholl, de Santo Ângelo-RS.
por Orson Carrara. Texto enviado pelo autor.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil
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