quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Homenageando “O Livro dos Médiuns”

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Em janeiro de 1861, há exatamente 150 anos, foi lançada em Paris, pelo Prof. H. L. D. Rivail (Allan Kardec), mais uma de suas obras, que compõem a codificação do Espiritismo: O Livro dos Médiuns. É um livro valioso, que deve ser estudado e colocado, em primeiro lugar, no estudo da mediunidade.
Kardec entendeu rapidamente, em suas pesquisas e experiências, que o intercâmbio com os Espíritos não é uma tarefa simples; ao contrário, exige preparo e qualificação das pessoas envolvidas no processo de comunicação.
Entendeu também que não basta a uma pessoa ter mediunidade; é preciso que ela saiba utilizá-la corretamente, a fim de que não lhe aconteça o que ocorreu com o servidor infiel da parábola dos talentos, que enterrou o seu talento na areia, temeroso de não corresponder aos desígnios do Senhor.
O dom da mediunidade é um presente de Deus para todos nós. Entretanto, a maioria dos que o possui, infelizmente negligencia, e termina não fazendo dele um instrumento voltado para o bem comum.
Quando lemos o capítulo I da referida obra, vemos que Kardec analisa a questão da existência do Espírito, e prova que, de fato, ele é uma realidade, uma força importante da natureza, influenciando o ser humano mais do que ele supõe (L. E. questão 459), e que, sem sua existência, muitos fenômenos permaneceriam sem explicações.

O autor descreve com riqueza de detalhes, no capítulo XIV, o que é um médium e os vários tipos de mediunidade. Prova que todos nós, de certo modo, somos medianeiros dos Espíritos, uma vez que lhes sofremos sua influência. Porém, deixa claro que médium, na acepção da palavra, é aquele cujo dom se revela de forma patente e incontestável.
No capítulo seguinte, adverte-nos sobre os inconvenientes e perigos da mediunidade, caso não seja praticada com conhecimento, seriedade e bom senso.
A obsessão e as medidas preventivas são analisadas, com muita propriedade, no capítulo XXIII. Segundo Kardec, a obsessão é o principal escolho do Espiritismo prático. É um flagelo que atinge parcela considerável da humanidade.
O autor descreve, no capítulo XXV, os cuidados que devemos ter na evocação dos Espíritos. No capítulo seguinte, alerta-nos sobre os tipos de perguntas que devemos fazer aos Espíritos, de modo a não desagradá-los nem causar neles qualquer constrangimento.
Nos capítulos finais, o autor discorre sobre o charlatanismo, os embustes e as fraudes que aqueles que lidam com o Espiritismo prático podem ser vítimas, se não vigiarem e orarem continuamente.
Hoje, o Espiritismo oferece aos médiuns orientação vasta, de modo que eles pratiquem a mediunidade de forma segura. Nesse sentido, “O Livro dos Médiuns” é considerado o guia número um.
O livro é de valor inestimável. Lendo-o com um olhar de pesquisa, descobriremos que nele existem muitas orientações, verdadeiras pérolas para os médiuns e para todos nós que, direta ou indiretamente, lidamos com a mediunidade.
Parabéns, Sr. Allan Kardec! O senhor foi realmente um grande visionário. Foi longe ao estudar e analisar o fenômeno mediúnico. Transpôs as barreiras do pensamento comum dos homens e penetrou nas sutilezas do mundo espiritual, um universo, na sua época, pouco conhecido, e ainda hoje não muito bem claro para nós.
Aproveitemos essa efeméride para reler essa obra maravilhosa e de grande conteúdo doutrinário, certos de que, após sua leitura, iremos nos sentir mais confiantes e fortalecidos no trabalho de intercâmbio com os Espíritos.
Autor:  Geraldo Ribeiro da Silva
Jornal da Mediunidade – Informativo (meses de Janeiro, Fevereiro e Março), nº 26 – Uberaba – Minas Gerais / 2011.

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