Com disposição e trabalho podemos realizar façanhas que até nós
mesmos duvidamos. Com pequeninas atitudes em nosso procedimento diário
nas situações que costumeiramente vivenciamos, modificamos, sem sequer
notarmos, as relações em diversos níveis de convivência com os irmãos de
experiência reencarnatória, melhorando a nossa visão das dificuldades
de relacionamento que nos atingem, até mesmo entre familiares por vezes
bastante problemáticos.
Se é difícil fazer alguém feliz é porque nos acostumamos com a facilidade de fazer-lhe triste.
Se é difícil dizer “eu te amo” é porque não nos preocupamos em dar alegria ao outro, pois sempre nos foi muito mais cômodo nada dizer.
Se é difícil ser fiel é porque nos comprazemos com a leviandade, sem
nos importarmos com o respeito ao sentimento alheio, procurando e
cultivando aventuras.
Se é difícil valorizar um amor é porque não nos habituamos a dar-lhe a
devida atenção, e assim perdemo-lo para sempre, quando, só então,
acordamos para o vazio do amor que nos deixou.
Se é difícil agradecer pelo hoje é porque ainda não nos demos conta
de como é o dia a dia de muitos desventurados, vivendo simplesmente por
viver.
Se é difícil abrir os olhos e enxergar o que de bom a vida nos deu, é
porque não sabemos dar valor ao que temos, mas sempre nos foi fácil
reclamar das coisas que não conseguimos alcançar ou realizar como
desejávamos.
Se é difícil convencer-se de que se é feliz, é porque não aquilatamos
adequadamente o valor das bênçãos que já possuímos e nos acostumamos a
viver chorando sem motivos justos.
Se é difícil fazer alguém sorrir, é porque nos é mais fácil fazê-lo chorar.
Se é difícil por se no lugar de alguém é porque nos achamos sempre possuídos da razão.
Portanto, se procurarmos mudar de atitude com disposição e vontade,
com o objetivo de fazermos nossa reforma íntima, sem esperar que os
outros se modifiquem, notaremos com certeza, que a nossa transformação
será capaz de incentivar a transformação do nosso próximo, sem que nada
precisemos falar. Para isso, não precisamos de grandes gestos
exteriores, basta apenas que procuremos agir de maneira diferente da que
habitualmente agimos.
Se você não tem paciência para ouvir as reclamações dos outros, pensa que também não é fácil ouvir as suas lamentações.
Se você tem dificuldades de aceitar certas atitudes dos seus
semelhantes, confia em Deus e faça sua parte, pois Ele está no leme de
tudo.
Se alguém lhe demonstrar amar, esforce-se por amá-lo também.
Se você errou, reconheça o erro e peça desculpas, afinal todos somos passíveis de erros.
Se alguém lhe pedir perdão, mesmo não lhe sendo fácil, perdoa. Lembre-se que é perdoando que se é perdoado.
Se você sente algo, diga, não guarde sentimentos indignos em seu
coração, pois lhes farão mal. Procure se abrir com alguém, é bom e nos
torna mais leve.
Se alguém reclama de você, ouça a reclamação e dentro do possível, modifique-se.
Se alguém o procura para um desabafo, escuta-lhe com atenção e
carinho. Amanhã poderá ser você a precisar de um ouvido paciente.
Não é fácil se feliz num planeta de provas e expiações, mesmo porque a
felicidade absoluta não é deste mundo, mas sem dúvida poderemos ser tão
felizes quanto a Terra nos pode proporcionar. Basta para isso que
procuremos aumentar nosso nível de moralidade e compreensão no mundo em
que merecemos habitar, e que precisa de nossa contribuição para se
projetar na escala hierárquica das moradas do Senhor, transformando em
realidade o que hoje é apenas sonho.
Autor: Francisco Rebouças
Instituto Espírita Bezerra de Menezes – IEBM – Niterói – RJ
Jornal Informativo “O Espírita Fluminense”
Nº de Edição: 344 – Página: 05 – Setembro / Outubro 2012
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