
O bem com Jesus nasce em algum lugar
e esse lugar é a mente. Precisamos
mentalizar o bem para que ele tome corpo na nossa vida. Tudo que fazemos passa primeiro pelos
pensamentos, depois, para a realização.
Surge no abstrato e materializa-se no concreto. Analisa, meu irmão, os pensamentos que surgem
em tua mente durante o dia e os quais, por vezes, não te preocupas em desfazer. Quando eles não demonstram
capacidade de servir de canais para a fraternidade e para o amor, não deves
desconhecer a ciência que a lei de Deus nos apresenta como sendo a Verdade; se
descobrimos que todas as sementes lançadas por nós nos devolverão os frutos
correspondentes, passamos a escolher o que semeamos. Esse é o nosso dever: conhecer para saber melhor como ajudar, como
viver.
A mente é um campo de ação extenso,
cuja força vem do Soberano Poder e depois é que chegamos à razão. O Senhor nos entrega algo para fazer dentro
das nossas possibilidades, como sendo meios de conquistarmos a nossa paz. Analisemos nossos pensamentos e eles poderão
ser vertidos para o bem comum, para o amor e a amizade, para o perdão e a
fraternidade, consubstanciando-te aberturas para a felicidade.
Começa a mentalizar o bem em
todos os contornos da luz, que esse bem vai crescendo em proporções maiores,
passando a dominar como senhor de poder de todos os nossos sentimentos. A Doutrina Espírita nos convida para
modificações sensíveis na nossa personalidade, de modo a concretizar e entregar
ao Cristo toda a nossa vida, e essa entrega tem início com a nossa aquiescência
em nos ajudarmos a nós mesmos. Basta
convidarmos o Mestre pela vida harmoniosa, pelos gestos em perfeita sintonia
com o amor, pelo perdão que devemos exercitar todos os dias, pela paciência no
momento adequado, gerando luz para iluminar todos os caminhos e mentalizando o
bem permanentemente. Desta forma,
estamos convidando com alegria a participação de Jesus em nossos caminhos.
Mentalizar o bem não é só
concentrar na palavra mencionada, como fazem alguns profitentes de certas
filosofias. É pensar agindo, é
movimentar servindo de instrumento para o amor no alicerce do bem. É o trabalho dentro da sua profunda
honestidade. O primeiro gesto de Deus,
que as religiões pregam, foi o trabalho, e Ele trabalha sempre, criando e
iluminando as criaturas. Esse é o
exemplo divino que devemos seguir, sem medo de errar. A mente dá o início, abrindo diretrizes, para
que possamos tornar visíveis os gestos de amor e de caridade.
Todas as criaturas de Deus
pensam, mas nem todas sabem pensar. Os
recursos da mente são grandes e poderão ser valiosos, dependendo do modo pelo
qual pensamos. Mesmo que a nossa
natureza rejeite o bem que procuremos mentalizar, não devemos parar com esse
trabalho, porque todas as realizações nobres encontram obstáculos, bem como
toda subida é dificultosa. A tua mente é
a tua força soberana. Usa-a bem, que o
bem surgirá em teu mundo íntimo a te convidar para a felicidade.
Pelo Espírito: Miramez
Psicografia de: João Nunes Maia
Livro: Força Soberana
5ª Edição 2002 – Editora
Espírita Fonte Viva
Páginas: 167 até 170 - Belo Horizonte – 1986
Nenhum comentário:
Postar um comentário