
A ideia de Deus flui da Sua
soberana vontade buscando o nosso entendimento, como sendo a luz da verdade a
nos esclarecer, mostrando-nos os valores que temos guardado no mundo sensível
que carregamos conosco. É de entender
comum nos meios espiritualistas, que pensamos dentro do pensamento do Criador. Recebemos o Seu hálito divino e acrescentamos
nele o que estamos em condições de plasmar, mostrando para o exterior os nossos
sentimentos espiritualistas.
Por que pensamos? Pensamos na ordem do progresso, e o domínio
dos pensamentos nos faculta uma razão, faculdade essa que nos leva a escolhas
do que devemos moldar como formas de ideias.
Este século que ora atravessas é,
pois, o século da razão mais pura e, dentro deste raciocínio, o ser humano se
engana achando que está de posse do domínio completo das forças da natureza, ao
acertar em algumas diretrizes que o Senhor lhe concedeu por misericórdia, como
seja na ciência, na filosofia e mesmo na religião. Compadecemo-nos dos doutos que se encontram
iludidos, procurando esquecer Deus, tirando-O das suas cogitações científicas.
Jesus, certa feita, disse algo
que João anotou no capítulo oito, versículo doze: “Eu Sou a luz do mundo; quem me segue, não
andará em trevas, mas terá a luz da vida”. O Mestre conhecia a força da luz de Deus nos
pensamentos dos homens. Quem seguir o
Senhor não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Não podemos esquecer esse caminho, porque
somente ele nos levará à verdadeira felicidade.
Sabes por que pensamos? Porque o pensamento é a primeira porta pela
qual deveremos entrar, no sentido de conhecer tantas outras que haveremos de
abrir, e elas são inúmeras. A sequência
deste roteiro é que vai nos dizer a verdade.
O fenômeno do pensamento é a
glória do homem. É como flor da árvore
humana, que floriu pelas bênçãos do Soberano Arquiteto do Universo. A renovação do homem deve começar nos
pensamentos. Neles se encontra a chave
de todo o entendimento. Indo mais
adiante, dominemos o verbo; andemos mais e chegaremos à vivência do que
pensamos. A alma pode dizer como Jesus: “Eu Sou a luz do mundo”, quando
acender verdadeiramente a luz dentro de si, pelo esforço constante no
auto-aperfeiçoamento. Quem estiver com
ela não andará em
trevas. Entretanto,
devemos buscar o Cristo, que espera por nós, muito perto da nossa intimidade. Ele se encontra dentro do coração, paciente,
esperando pela decisão da mente. Não nos
fere, não nos maldiz, não odeia, não irrita.
Sabes, meu filho, por que
pensas? É por ordem da vida, porque a
tua vida está na vida do Criador. A
energia cósmica desprendida do seio da Majestade Divina chega ás criaturas
cândida e sublimada, a receber os nossos sentimentos, aceitando as nossas
ideias. Quais as ideias que devemos
gravar nesses fluidos de Deus? O que ali
depositamos são sementes que devem germinar e crescer voltando a nós. Se somos a luz, essa luz deve ser a nossa
vida, e o pensamento, como semente de luz, nunca semeará trevas. Devemos nos lembrar sempre do Mestre, nos caminhos
que percorremos, para que possamos esquecer as trevas. O pensamento foi-nos facultado como força da
nossa libertação; usemo-lo no bem comum, na caridade e no amor, para que a
felicidade possa nascer dentro de nós, no centro da consciência, a nos
dizer: “Tem, meu filho, a tranquilidade
que plantaste”.
Nascendo o Cristo em nós, digamos
como Ele fazia aos Seus discípulos: “A paz
seja convosco”.
Pelo Espírito: Miramez
Psicografia de: João Nunes Maia
Livro: Força
Soberana
5ª Edição 2002 – Editora
Espírita Fonte Viva
Páginas: 29 até 33 - Belo Horizonte – 1986
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