Buscando penetrar na realidade e constituição dos Espíritos, o que desvendaria os enigmas incontáveis da existência, os religiosos de todas as épocas estruturaram nele a base das afirmações éticas, estabelecendo a vida na Terra como conseqüência da vida espiritual, que sempre houve, mesmo sem a existência deste orbe.
Doutrinas exóticas estabeleceram a concepção panteísta do Universo, através da qual os Espíritos seriam fragmentos de Deus, que a Ele se reintegrariam, desaparecendo, portanto, pela destruição da individualidade, nisto incluindo todas as coisas, como partes mesmas da Divindade.
Observações apressadas engendraram teorias outras, igualmente absurdas, tais como a metempsicose, mediante a qual os Espíritos que se não houveram com eqüidade e nobreza na Terra a ela retornam, renascidos como animais inferiores.
A Doutrina Espírita, em seu caráter de filosofia, define que os Espíritos – seres
inteligentes da criação – foram criados por Deus, simples e ignorantes, isto é, sem saber, e que através dos milênios realizam sua evolução, passando por variadas experiências nos reinos inferiores da criação, recebendo em sua madureza o atributo do livre-arbítrio, com o qual tornam-se senhores de sua destinação.
· Portanto, os Espíritos são seres distintos da Divindade. Sendo obra de Deus, é criação sua. Como e quando foram criados, não sabemos; o que podemos deduzir é que Deus sempre os criou, porque sendo eterno, e jamais tendo ficado ocioso, criou-os ininterruptamente.
· São formados do princípio inteligente do Universo, sendo uma individualização deste.
· São imortais, isto é, não têm fim.
· Quando desencarnados, formam o mundo dos Espíritos, que é o principal; por ser preexistente e sobrevivente a tudo.
· Estão por toda parte. Apesar de que nem todos possam ir a qualquer lugar e na hora que quiserem.
· Temos muitos deles ao nosso lado, influenciando-nos e sendo por nós influenciados.
· São instrumentos de Deus, já que o Criador não opera diretamente sobre a matéria.
· Sobre sua forma; eles nos dizem que para nós não a têm determinada, mas para eles; sim.
· Se comunicam pelo pensamento, e se locomovem com a rapidez do mesmo.
Mas devemos sempre nos lembrar de que cada Espírito, por ser uma individualidade em evolução, tem suas características próprias de acordo com o seu grau de pureza. E são essas divergências que vamos estudar no próximo item.
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade - Goiânia – GO - 1997
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