Aqui, estou deixando tudo que me era inútil na vida:
Páginas perdida de minha historia.
Talvez, algum dia, chegue a minha hora
Cercada de escuros muros de solidão.
[E ver por acaso a desilusão:
Ah! Como é tarde!
E o tempo me contempla os anos a mais.
Templos surgem emergindo com a evolução
Do mito da vida.
Encontro-me mais uma vez
Esquecido por mim, sepulto
Dum sofrimento e acerca de mim,
Arde o sonho perdido,
Por uma desilusão do meu ser.
Tão cedo que me detive em meus sombrios pensamentos.
Embora me tenha transformado,
Sou o mesmo, ainda,
Levado por amargos frutos...
(...)
Lembro-me, agora,
Que me era jovem a vida,
E dentro dela, corriam-se as lembranças
Patéticas somáticas, fazendo-me absorto.
Mas tudo é escuridão mais uma vez.
Talvez, minh' alma esteja quebrada
E dela nasçam uns ásperos sonidos
Num refúgio abandonado.
Quem sou eu? Nada!
Sinto, dentro de mim, as emoções vazias, atordoadas, perturbadas.
Ah, que louça!
Corpo, alma fremem com febre e exaustão.
Com o tempo não se apagam e ponho-me,
Ainda, a ser o mesmo até aceitar a dor,
A nostalgia, e não hão de encontrar qualquer asilo.
Ai de mim! Fúnebre "Psiche" que se torna minha prisão
E uma angústia vigilante.
Que perseguição?
Condenado a ti, insidiosa mônada,
Onde permaneço em noites decadentes.
Descontente em minha vida,
Que se aprazia com a ira dos herméticos.
E, tu inebrias-me com a velha cor -
A gélida falta da própria vida,
Eis sucumbe existência ao Mal,
Mal de viver - oriunda escravidão.
Em mim, brada a quase infinda alma humana.
No subsolo, há de minha alma repousar
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