Acho muito difícil crescer sem preconceitos. Eu digo eu não os tenho, mas eu mesmo não acredito nisso.
Descobrir que tenho muitos preconceitos e é o seguinte.
Eu era contra os adultos de quem não gostamos.
Contra os jovens que não estão na onda.
Contra os tios e avós que nos chamam a atenção.
Contra os pobres que não trabalham.
Contra o cachaceiro que vem pedir esmola.
Contra os pais da gente quando falam de suas experiências.
Contra o professor que é durão na aula.
Contra os pretos que a gente não conhece.
Contra a menina de quem se falou mal.
Contra o padre que não fala tão bacana como o padre predileto da gente.
Contra as freiras.
Contra a vocação para padre ou freira.
Contra a menina que fala de Cristo.
Contra quem fala coisa séria contra a juventude.
Contra uns caras que a gente acha chato.
É difícil crescer sem preconceitos, porque a gente desconfia muito dos outros e sempre acha que o pior pode acontecer.
Não vamos condenar ninguém antes de termos a certeza de que tinham malícia quando fizeram alguma coisa errada.
É muito fácil fofocar. O difícil é ajudar quem errou.
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